Ginástica Artística Feminina

Ginástica Artística Feminina

GINÁSTICA ARTÍSTICA 

A Ginástica Artística é uma das modalidades esportivas mais antigas e populares do programa olímpico. É uma modalidade que se distingue pela grande variedade de movimentos artificiais, dinâmicos ou estáticos de difícil coordenação, esses movimentos exigem precisão, força, flexibilidade, agilidade e equilíbrio. Portanto, o domínio corporal é uma característica fundamental desses atletas. 

As competições oficiais envolvem seis provas masculinas e quatro femininas, realizadas conforme uma ordem a ser seguida, chamada de "ordem olímpica". Em cada prova o nível dos ginastas é avaliado por um grupo de juízes, conforme os critérios de dificuldade do programa, a composição e a qualidade de execução".

Ginástica Artística Feminina:

Os aparelhos das provas femininas são a trave, o solo, o salto sobre a mesa e as barras assimétricas. Tais aparelhos, durante as apresentações femininas, colocam maior ênfase na vertente artística e de agilidade.

I - Trave: a trave em si é uma barra revestida com material aderente, situada a 1,25 metros do chão, com cinco metros de comprimento e dez centímetros de largura, onde a atleta deve equilibrar-se e realizar saltos e giros.

II - Solo: dura entre 70 e 90 segundos, realizada em um tablado de 12x12 metros; Durante a prova, são realizados movimentos acrobáticos e ginásticos anteriormente pontuados (nota de partida). Os exercícios femininos têm a particularidade de incluir acompanhamento musical instrumental.

III - Salto sobre a mesa: é a prova mais rápida da ginástica artística. Dura aproximadamente 50 segundos, incluindo apenas o momento dos dois saltos aos quais o ginasta tem direito. A prova é composta por uma pista de 25 metros, que termina em um trampolim de impulso e finalmente na mesa – de dimensões 120 x 95 centímetros. O salto é considerado um evento de explosão muscular, possuidor de uma margem mínima para erros.

IV - Barras assimétricas: este aparelho, de uso estritamente feminino, é atualmente fabricado com fibras sintéticas e, por vezes, material aderente. Seu posicionamento é, a mais alta a 2,36 m de altura e a menor a 1,57 metros. A prova é composta por uma série de movimentos obrigatórios, bem como os demais aparelhos. A posição das duas barras em diferentes alturas possibilita à ginasta uma gama variada de movimentos, mudanças de empunhaduras e alternância entre as barras. A execução de alguns movimentos também é facilitada através da propriedade de molejo do aparelho.

Origem da Ginástica Artística

A Ginástica da era moderna surgiu no final do século XVIII, incentivada por grandes precursores como Johann Christoph, Guts Muths, Jean Basedow e o grande Friederich Jahn.

1811 - Criam-se as sociedades ginásticas por Friederich Jahn;

1824 - Iniciou-se a Ginástica no Brasil, principalmente no sul onde as colonizações alemãs trouxeram consigo a prática da mesma;

1858 - È fundada a Sociedade Ginástica de Joinville, a mais antiga do Brasil ainda em funcionamento;

1896 - I Jogos Olímpicos da Era Moderna, somente os homens participavam na Ginástica Olímpica;

1928 - IX Jogos Olímpicos em Amsterdã, primeira participação das mulheres na modalidade;

1951 - I Campeonato Brasileiro de Ginástica, e o Brasil filia-se a Federação Internacional de Ginástica;

1974 - O Brasil leva pela primeira vez uma equipe feminina no Campeonato Mundial da Bulgária;

1980 - Primeira participação do Brasil nos Jogos Olímpicos de Moscou;

1992 - Luiza Parente consegue a melhor colocação do Brasil até então, nos Jogos Olímpicos de Barcelona;

1999 - Com a 17a. colocação no Campeonato Mundial em Pequim o Brasil consegue classificar duas ginastas para as Olimpíadas de Sidney;

2000 - Nas Olimpíadas de Sidney, Daniele Hypólito consegue uma surpreendente 21° colocação;

2001 - Daniele Hypólito consegue a primeira medalha do Brasil em um mundial, ficando com a terceira colocação no solo;

2003 - Daiane dos Santos executa um exercício de alto grau de dificuldade no solo, que recebe seu nome "Dos Santos" pela Federação Internacional de Ginástica e ganha a primeira medalha de ouro para o Brasil em um Mundial, ajudando a equipe brasileira a conseguir uma oitava colocação, podendo assim pela primeira vez levar uma equipe completa para os Jogos Olímpicos da Grécia em 2004

2004 - O Brasil conseguiu colocar duas atletas na final da ginástica artística feminina nos Jogos Olímpicos de Atenas. Daniele Hypólito e Camila Comin classificaram para as finais.

2005 - o ginasta Diego Hypólito conquistou a medalha de ouro na prova de solo no Campeonato Mundial, em Melbourne, Austrália. 

2006 - Laís Souza foi eleita a Melhor Atleta de 2006, a ginasta ficou em quarto lugar no Campeonato Mundial da Dinamarca.

2007 - Jogos Panamericanos no Rio, a GA brasileira teve resultados expressivos, levando 4 medalhas nas provas individuais masculinas e 5 medalhas nas provas individuais femininas, tendo as duas equipes conquistando a medalha de prata no individual por equipes. 

2010 - Jade Barbosa é eleita a melhor ginasta do ano. 

2012 - nos Jogos Olímpicos de Londres, o atleta Arthur Zanetti conquista a medalha de ouro na prova de argolas. 

2014 - o Brasil conquistou duas medalhas no Campeonato Mundial de Ginástica Artística em Nanning, China. Arthur Zanetti a medalha de prata na prova de argolas e Diego Hypólito a medalha de bronze no solo.

2016 - Na Olimpíada do Rio 2016, a ginástica conseguiu uma dobradinha na prova de solo, de Diego Hypólito e Arthur Nory, de segundo e terceiro lugar respectivamente. Arthur Zanetti conquista a medalha de prata nas argolas. 

2019 - Arthur Nory levou a medalha de ouro na barra fixa, foi a primeira vez que o Brasil conquistou o título mundial neste aparelho. A Ginástica Artística também fez bonito nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, com 11 medalhas conquistadas (quatro de ouro, quatro de prata e três de bronze), o Brasil terminou a competição na liderança do quadro de medalhas pela primeira vez, fato que apenas Estados Unidos e Cuba já conseguiram.

2021 - Rebeca Andrade conquistou as primeiras medalhas olímpicas do feminino da história da ginástica artística do Brasil, com a prata no individual geral e ouro na prova do salto em Tóquio 2021.

2022 - Rebeca Andrade brilhou com o ouro no individual geral e o bronze no solo, enquanto Arthur Nory garantiu o bronze na barra fixa no Mundial de Liverpool, na Inglaterra. Outro fato marcante no ano de 2022 foram os Jogos Panamericanos no Rio, onde a equipe feminina do Brasil, comandada por Rebeca Andrade e Flávia Saraiva, garantiram a medalha de ouro na disputa por equipes e terminaram à frente dos Estados Unidos pela primeira vez na história.

2023 - A equipe brasileira garantiu a inédita medalha de prata na final feminina por equipes no torneio realizado em Antuérpia, Bélgica.

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